sexta-feira, 14 de novembro de 2008

MTL-DI ocupa "Fazenda de Cima" em Faina/GO


NOTA À IMPRENSA

Cerca de 70 famílias ocuparam a Fazenda de Cima no Município de Faina, Goiás na madrugada de Sexta 14/11.

A fazenda tem uma área de 2000 ha e foi subdividida, com objetivo de fugir da improdutividade. Tendo conseguido fazê-la, após a vistoria realizada pelo INCRA, onde ficou constatada sua improdutividade, a proprietária entrou com recurso alegando que a fazenda era menor que 15 módulos fiscais, limite mínimo permitido para desapropriação.

Por isso ocupamos para denunciar que a fazenda é improdutiva e precisa ser destinada para reforma agrária, além disto a proprietária cometeu crime ambiental,pois vários caminhões de madeira são tirados todos os dias do local.

Enquanto o Governo mantiver esta legislação atrasada que só protege aos grandes latifundiários, a reforma agrária não avançará e as ocupações são necessárias, para denunciar que o governo não tem coragem de enfrentar a bancada ruralista e de mudar a legislação para que se faça uma reforma agrária de verdade.

Zelito F. da Silva - Coordenação Estadual do MTL-DI/Goiás

Fones: (62) 3093.7572 / (62) 8412.6373.

Site: http://mtl-di.blogspot.com E-mail: mtl.regionalsp@gmail.com

Sem-Tetos de São Paulo, Minas, Rio de Janeiro, Goiás e Brasília ocupam o Ministério das Cidades!

Fonte: Site do MTST

Nesta manhã, por volta do meio-dia, cerca de 400 famílias organizadas pelo MTST, MTL-DI e MUST-Pinheirinho, cansadas de esperar as promessas nunca cumpridas e dispostas a lutar por uma vida melhor, ocuparam o prédio do Ministério das Cidades em Brasília!

O Ministério das Cidades representa o poder que responde pelas questões básicas de nossa vida, como habitação, luz, saneamento básico, transporte... Toda infra-estrutura básica para uma vida digna. Vida que está na Constituição Brasileira como direitos do cidadão, mas que sabemos na pele que nunca são cumpridos.

Como não podemos esperar mais, a custa de nossa própria vida e a vida de nossos filhos fomos a Brasília para representar todos os sem-tetos e lutadores das cidades de São Paulo, Minas, Rio de Janeiro, Goiás e a Capital do País. Nossa manifestação pacífica de ocupação veio, assim, reivindicar:

a) Abertura de negociações oficial com o Ministro sobre as áreas ocupadas pelos respectivos movimentos;

b) Vistoria das áreas ocupadas nos estados de São Paulo (São José dos Campos, Mauá, Embu das Artes), Minas Gerais, Brasília e Rio de Janeiro e Goiás, e

c) Distribuição de cesta-básica emergencial as famílias dos acampamentos.

Como nossa situação é urgente, nós não podemos esperar mais as migalhas do Bolsa Família, sem uma política de verdade para sairmos de nossa situação de sem-teto. Nem podemos esperar mais oito anos de falação bonita sobre o povo, mas que ao próprio povo nunca trás o que diz. Por isso, a disposição é não desocupar o prédio enquanto não formos recebidos pelo Ministério das Cidades, que precisa nos ouvir.

Pode mudar investigação sobre morte de Dorothy Stang

Por J. Domingues. Brasil

Radioagência NP

Fonte: Desacato.info

As freiras Rebeca Spires e Julia Depweg apresentaram na última sexta-feira (07), à mídia nacional, um documento que pode mudar os rumos da investigação sobre a morte de Dorothy Stang. A missionária estadunidense foi morta em 2004, no município de Anapu, localizado no Pará. Tudo indica que os fazendeiros da região armaram uma emboscada para matar a religiosa que defendia o direito de famílias sem-terra da região.

O documento apresentado pelas freiras, que trabalharam durante três décadas com a missionária, mostra que o fazendeiro Regivaldo Pereira Galvão, acusado de ser o principal mandante do crime, procurou o escritório do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), em Altamira (PA), no último dia 28, para doar parte do lote onde Dorothy foi morta. O fazendeiro afirma no documento que a propriedade não estava mais em seu nome.

Regivaldo afirma que o lote pertence à Bida, pistoleiro que confessou ter assassinado Dorothy. Na época em que foi preso, Bida afirmou que o mandante do crime tinha sido Regivaldo Pereira. No entanto, meses depois, quando já estava preso, Bida mudou seu depoimento dizendo que tinha matado Dorothy por vontade própria, porque ele mantinha o controle de um lote que era ocupado por famílias da região, ligadas à missionária Dorothy.

O documento indicaria que Regivaldo Pereira mantinha o controle do lote e, portanto, teria motivos para encomendar o assassinato da missionária.