1º de Maio:
Os trabalhadores não pagarão pela crise!
1º de maio não é dia de descanso. É dia de luta. Assim como aqueles que, em 1886, morreram lutando pela redução da jornada de trabalho para 8 horas, nesse dia, no mundo inteiro, lutamos contra patrões e governos que atacam os trabalhadores. Por melhores condições de vida e de trabalho. Por uma sociedade justa, livre e igualitária. Por um mundo em que a vida e os recursos naturais não sejam mercadorias. Em que os povos e o planeta não sejam destruídos em nome dos lucros.
Neste momento, em que o capitalismo atravessa uma grave crise, os patrões e governos, com o apoio dos jornais e da televisão, tentam enganar o povo e explorar ainda mais os trabalhadores. Bancos e empresas se apoderam do dinheiro público que deveria ir para a saúde, educação e moradia. A crise serve como desculpa para demissões massivas, corte de direitos, redução de salários, destruição ainda maior da natureza. Com ela, avança ainda mais a criminalização dos pobres e dos que lutam e resistem.
O governo Lula enche os bolsos dos empresários enquanto corta gastos sociais e suspende concursos públicos e reajustes nos salários. Sérgio Cabral e Eduardo Paes privatizam os serviços públicos e tratam o povo trabalhador como criminoso. Reprimem com violência os que trabalham como ambulantes e os moradores de rua, despejam famílias, derrubam suas casas e assassinam o povo pobre nas comunidades.
Todos juntos – trabalhadores formais, informais, desempregados, aposentados, jovens, homens e mulheres - devemos lutar, não para resolver a crise dos patrões, mas para garantir nossa sobrevivência digna. Os trabalhadores não pagarão pela crise!
- Por emprego, salário digno, moradia, terra e direitos sociais.
- Pela redução da jornada de trabalho sem redução de salários.
- Pela estatização dos recursos naturais, sob controle dos trabalhadores e suas famílias.
- Pela estatização, sob controle dos trabalhadores, do sistema financeiro, dos serviços urbanos e das empresas que exploram nossos recursos naturais.
- Contra o repasse de recursos públicos para os capitalistas e transnacionais e contra o pagamento da dívida pública.
- Contra a criminalização dos pobres e dos movimentos sociais.
- Por saúde, transporte e educação pública de qualidade.
TKCSA: Símbolo das atrocidades do capitalismo
Nosso ato de luta no 1º de Maio será
O pólo siderúrgico incluirá a instalação de empresas, usinas, portos, como parte da Iniciativa para Integração da Infra-Estrutura Regional da América Latina – IIRSA. Esses empreendimentos, cujos supostos benefícios são alardeados pela imprensa, recebem apoio econômico e político de todas as esferas de governo, com isenções fiscais e financiamento direto através do BNDES. É o dinheiro do povo que está sendo aplicado lá. Mas o projeto, na verdade, é um triste símbolo das atrocidades que o capitalismo comete contra a natureza e os trabalhadores.
A TKCSA coloca em risco a população, os trabalhadores, o ecossistema e o enorme potencial econômico local. A empresa desrespeita os mais elementares direitos constitucionais e humanos, afetando:
A NATUREZA: O canteiro de obras da TKCSA localiza-se numa Área de Preservação Ambiental (APA) protegida pela União, dentro de uma Reserva Arqueológica e Biológica em área costeira. Sem licença ambiental do IBAMA, e mesmo sendo embargadas e interditadas pelos órgãos de fiscalização, as obras seguem, envolvidas em inúmeras irregularidades e destruição da fauna e flora local.
O TRABALHO: Para reduzir custos e a resistência dos trabalhadores, a TKCSA contrata imigrantes, principalmente chineses e nordestinos. As promessas de geração de empregos maciça para a população local jamais se concretizaram. Há contratações irregulares e precárias. Os trabalhadores enfrentam péssimas condições de vida e de trabalho e sofrem ameaças da milícia da região, que atua em acordo com os seguranças da empresa. Trabalhadores imigrantes que morrem nos canteiros de obras são lançados no rio ou na baía.
A POPULAÇÃO LOCAL: A TKCSA traz desemprego e miséria às 8.075 famílias de pescadores artesanais e maricultores da região. Com as obras e a contaminação das águas, esgotam-se os recursos pesqueiros. Os portos aumentarão as áreas de exclusão de pesca, afetando duramente os pescadores mais pobres. O complexo siderúrgico trará sérios riscos à saúde, com aumento da poluição e exposição constante a agentes químicos que ocasionam desde doenças respiratórias a certos tipos de câncer.
Fora TKCSA/VALE e todas as empresas que atacam a vida!
Todos ao ato unificado do 1º de maio de luta, em Santa Cruz!
Concentração: 9h, em frente ao Hospital Pedro II – perto da estação de trem – Santa Cruz
Informações: pmsociais@gmail.com (http://pmsrj.blogspot.com/) ou forumbaiasepetiba@ig.com.br
ÔNIBUS:
- no Centro do Rio, às 7h30min, na Candelária
- em Niterói, às 7h em Jurujuba e às 7h30min no DCE/UFF
Organização: ADUFF, ADUFRJ, ANDES, Assembléia Popular, Associação dos Aquicultores e Pescadores da Pedra de Guaratiba, Associação dos Pescadores do Canto do Rio, CMP, Comitê Popular de Mulheres, Conselho Popular, Consulta Popular, Curso de Marxismo, DCE/UERJ, DCE/UFF, DCE/UFRJ, FAFERJ, FIST, Fórum de Meio Ambiente dos Trabalhadores, INTERSINDICAL, LS, Mandatos do Dep. Est. Marcelo Freixo, do Dep. Fed. Chico Alencar e do Ver. Eliomar Coelho/PSOL, MNLM, MTD, MST, NEURB, Núcleo de Lutas Urbanas/PSOL, Núcleo Socialista de Campo Grande, PACS, PCB, PSOL, SEPE/RJ, Sindipetro/RJ