quarta-feira, 29 de abril de 2009

Rio de Janeiro

1º de Maio:

Os trabalhadores não pagarão pela crise!

1º de maio não é dia de descanso. É dia de luta. Assim como aqueles que, em 1886, morreram lutando pela redução da jornada de trabalho para 8 horas, nesse dia, no mundo inteiro, lutamos contra patrões e governos que atacam os trabalhadores. Por melhores condições de vida e de trabalho. Por uma sociedade justa, livre e igualitária. Por um mundo em que a vida e os recursos naturais não sejam mercadorias. Em que os povos e o planeta não sejam destruídos em nome dos lucros.

Neste momento, em que o capitalismo atravessa uma grave crise, os patrões e governos, com o apoio dos jornais e da televisão, tentam enganar o povo e explorar ainda mais os trabalhadores. Bancos e empresas se apoderam do dinheiro público que deveria ir para a saúde, educação e moradia. A crise serve como desculpa para demissões massivas, corte de direitos, redução de salários, destruição ainda maior da natureza. Com ela, avança ainda mais a criminalização dos pobres e dos que lutam e resistem.

O governo Lula enche os bolsos dos empresários enquanto corta gastos sociais e suspende concursos públicos e reajustes nos salários. Sérgio Cabral e Eduardo Paes privatizam os serviços públicos e tratam o povo trabalhador como criminoso. Reprimem com violência os que trabalham como ambulantes e os moradores de rua, despejam famílias, derrubam suas casas e assassinam o povo pobre nas comunidades.

Todos juntos – trabalhadores formais, informais, desempregados, aposentados, jovens, homens e mulheres - devemos lutar, não para resolver a crise dos patrões, mas para garantir nossa sobrevivência digna. Os trabalhadores não pagarão pela crise!

- Por emprego, salário digno, moradia, terra e direitos sociais.

- Pela redução da jornada de trabalho sem redução de salários.

- Pela estatização dos recursos naturais, sob controle dos trabalhadores e suas famílias.

- Pela estatização, sob controle dos trabalhadores, do sistema financeiro, dos serviços urbanos e das empresas que exploram nossos recursos naturais.

- Contra o repasse de recursos públicos para os capitalistas e transnacionais e contra o pagamento da dívida pública.

- Contra a criminalização dos pobres e dos movimentos sociais.

- Por saúde, transporte e educação pública de qualidade.


TKCSA: Símbolo das atrocidades do capitalismo

Nosso ato de luta no 1º de Maio será em Santa Cruz. Os trabalhadores dessa região vêm sendo duramente afetados pela instalação da Siderúrgica do Atlântico (TKCSA), parceria entre Thyssen Krupp e Vale.

O pólo siderúrgico incluirá a instalação de empresas, usinas, portos, como parte da Iniciativa para Integração da Infra-Estrutura Regional da América Latina – IIRSA. Esses empreendimentos, cujos supostos benefícios são alardeados pela imprensa, recebem apoio econômico e político de todas as esferas de governo, com isenções fiscais e financiamento direto através do BNDES. É o dinheiro do povo que está sendo aplicado lá. Mas o projeto, na verdade, é um triste símbolo das atrocidades que o capitalismo comete contra a natureza e os trabalhadores.

A TKCSA coloca em risco a população, os trabalhadores, o ecossistema e o enorme potencial econômico local. A empresa desrespeita os mais elementares direitos constitucionais e humanos, afetando:

A NATUREZA: O canteiro de obras da TKCSA localiza-se numa Área de Preservação Ambiental (APA) protegida pela União, dentro de uma Reserva Arqueológica e Biológica em área costeira. Sem licença ambiental do IBAMA, e mesmo sendo embargadas e interditadas pelos órgãos de fiscalização, as obras seguem, envolvidas em inúmeras irregularidades e destruição da fauna e flora local.

O TRABALHO: Para reduzir custos e a resistência dos trabalhadores, a TKCSA contrata imigrantes, principalmente chineses e nordestinos. As promessas de geração de empregos maciça para a população local jamais se concretizaram. Há contratações irregulares e precárias. Os trabalhadores enfrentam péssimas condições de vida e de trabalho e sofrem ameaças da milícia da região, que atua em acordo com os seguranças da empresa. Trabalhadores imigrantes que morrem nos canteiros de obras são lançados no rio ou na baía.

A POPULAÇÃO LOCAL: A TKCSA traz desemprego e miséria às 8.075 famílias de pescadores artesanais e maricultores da região. Com as obras e a contaminação das águas, esgotam-se os recursos pesqueiros. Os portos aumentarão as áreas de exclusão de pesca, afetando duramente os pescadores mais pobres. O complexo siderúrgico trará sérios riscos à saúde, com aumento da poluição e exposição constante a agentes químicos que ocasionam desde doenças respiratórias a certos tipos de câncer.

Fora TKCSA/VALE e todas as empresas que atacam a vida!


Todos ao ato unificado do 1º de maio de luta, em Santa Cruz!

Concentração: 9h, em frente ao Hospital Pedro II – perto da estação de trem – Santa Cruz

Informações: pmsociais@gmail.com (http://pmsrj.blogspot.com/) ou forumbaiasepetiba@ig.com.br

ÔNIBUS:

- no Centro do Rio, às 7h30min, na Candelária
- em Niterói, às 7h em Jurujuba e às 7h30min no DCE/UFF


Organização: ADUFF, ADUFRJ, ANDES, Assembléia Popular, Associação dos Aquicultores e Pescadores da Pedra de Guaratiba, Associação dos Pescadores do Canto do Rio, CMP, Comitê Popular de Mulheres, Conselho Popular, Consulta Popular, Curso de Marxismo, DCE/UERJ, DCE/UFF, DCE/UFRJ, FAFERJ, FIST, Fórum de Meio Ambiente dos Trabalhadores, INTERSINDICAL, LS, Mandatos do Dep. Est. Marcelo Freixo, do Dep. Fed. Chico Alencar e do Ver. Eliomar Coelho/PSOL, MNLM, MTD, MST, NEURB, Núcleo de Lutas Urbanas/PSOL, Núcleo Socialista de Campo Grande, PACS, PCB, PSOL, SEPE/RJ, Sindipetro/RJ

Plenária dos Movimentos Sociais – pmsociais@gmail.com http://pmsrj.blogspot.com/

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ATO CONTRA O AI-5 DIGITAL


Por Comitê Organizador

ATO CONTRA O AI-5 DIGITAL

A Internet é uma rede de comunicação aberta e livre. Nela, podemos criar
conteúdos, formatos e tecnologias sem a necessidade de autorização de
nenhum governo ou corporação. A Internet democratizou o acesso a
informação e tem assegurado práticas colaborativas extremamente
importantes para a diversidade cultural. A Internet é a maior expressão
da era da informação.

A Internet reduziu as barreiras de entrada para se comunicar, para se
disseminar mensagens. E isto incomoda grandes grupos econômicos e de
intermediários da cultura. Por isso, se juntam para retirar da Internet
as possibilidades de livre criação e de compartilhamento de bens
culturais de de conhecimento.

Um projeto de lei do governo conservador de Sarkozi tentou bloquear as
redes P2P na França e tornar suspeitos de prática criminosa todos os
seus usuários. O projeto foi derrotado.

No Brasil, um projeto substitutivo sobre crimes na Internet aprovado e
defendido pelo Senador Azeredo está para ser votado na Câmara de
Deputados. Seu objetivo é criminalizar práticas cotidianas na Internet,
tornar suspeitas as redes P2P, impedir a existência de redes abertas,
reforçar o DRM que impedirá o livre uso de aparelhos digitais. Entre
outros absurdos, o projeto quer transformar os provedores de acesso em
uma espécie de polícia privada. O projeto coloca em risco a privacidade
dos internautas e, se aprovado, elevará o já elavado custo de
comunicação no Brasil.

Gostaríamos de convidá-lo a participar do ato público que será realizado
no dia 14 de maio, às 19h30, em defesa da

LIBERDADE NA INTERNET
CONTRA O VIGILANTISMO NA COMUNICAÇÃO EM REDE
CONTRA O PROJETO DE LEI SUBSTITUTIVO DO SENADOR AZEREDO

O Ato será na Assembléia Legislativa de São Paulo e será transmitido em
streaming para todo o país pela web.

PLENÁRIO FRANCO MONTORO
ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DE SÃO PAULO
AV PEDRO ALVARES CABRAL S/N - IBIRAPUERA

O Ato também terá cobertura em tempo real pelo Twitter e pelo Facebook.

Contamos com a sua presença.

[SP] 1º DE MAIO, DIA DE LUTA! - Todos à praça da Sé!

Nova estratégia para a classe operária


Plínio Arruda Sampaio

Fonte: Blog do IZB

Este 1° de maio encontra a classe trabalhadora sob intenso ataque do capital. Talvez seja este o mais poderoso de todos os ataques que foram desferidos contra ela desde que se comemora neste país o Dia do Trabalhador.

Infelizmente, a classe trabalhadora não está unida para enfrentar a investida. A divisão, como é óbvio, desestimula o comparecimento às manifestações de massa. Há centrais que, para “encher a praça” e ostentar uma força que não têm, chegam ao cúmulo de sortear automóveis e apartamentos, para quem estiver presente. Uma vergonha!

Felizmente, porém, há ainda os que perseveram na linha correta. Não são muitos e nem conseguem arrastar multidões, mas são os que estão fazendo história: Pastoral Operária, Conlutas, Intersindical. Quem for à manifestação que essas entidades estão promovendo ouvirá discursos verdadeiros.

Discursos que diagnosticarão corretamente o dilema da classe operária e que, sobretudo, apontarão a estratégia adequada à nova forma de luta de classes.Não mostrarão um caminho atapetado. Pelo contrário, dirão que é um caminho ainda mais cheio de pedras e percalços do que no passado. Mas é o único que poderá significar vitória.

Qual é esse caminho? É o da ruptura classista e socialista, na mesma linha da luta dos heróicos operários norte americanos, fuzilados pela polícia da burguesia nas manifestações de maio de 1896, em Chicago.

Quando se fala em ruptura socialista, vem logo a objeção: “mas como pensar em ruptura se não conseguimos sequer encher as praças em dia tão significativo?”

A resposta é: as condições objetivas para romper com o capitalismo estão dadas no Brasil. Faltam as condições subjetivas, ou seja, faltam a consciência e a organização da classe trabalhadora. O trabalho de construir essa consciência e essa organização já não pode mais progredir, como no tempo em que a CUT era a CUT, com a estratégia de reformas na estrutura do capitalismo diante de uma burguesia mundial e nacional totalmente trancada para qualquer proposta de reforma que signifique respeito aos direitos dos trabalhadores.

Nas comemorações da Pastoral Operária, além da participação no comício, há uma celebração eucarística na Catedral da Sé. O que se espera dessa missa é que ela não seja apenas o cumprimento de uma tradição esvaziada, mas um gesto claro e corajoso de que a “opção preferencial pelos pobres” – consigna que marca a virada evangélica da hierarquia católica na América Latina – não tenha sido sufocada por uma Igreja de pompas, autoritarismo e devoção intimista, muito distante da mensagem salvadora do Cristo.